Desde muito cedo me deparei com sua poesia.
No sul do Brasil, adolescente, ficava imaginando como teria sido a sua vivência na pacata Vila Viçosa em Portugal.
Mais tarde adulta, fui conhecer sua terra.
Visitei a casa onde morou, onde versos sofridos nasceram, cruzaram o oceano e sobreviveram ao tempo que separa nossas existências.
Perambulei pensativa nas suas paisagens, fui até à sua última morada. Avistei sua lápide no cimento branco pelos vãos da grade do portão fechado.
Conclui que sua trajetória fora permeada por angústias e solidões que a escrita eternizou.
Escrever parece ter sido a sua “salvação”.
Sorte a nossa que podemos desfrutar da beleza de uma poesia sem igual ao interagirmos com suas memórias de amor e sofrimento.
A você, à minha mais profunda gratidão e respeito.
Florbela, onde quer que esteja, saiba que continuas viva em cada verso que semeou e teu legado é a minha inspiração.